quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Quanto mais, melhor: Paternidade num mundo anti-filhos.




O ano de 2016 teve início com muito trabalho por aqui e desde já peço desculpas pela demora em atualizar o blog. Como eu havia dito, ainda estou aprendendo a  lidar com esta ferramenta e gostaria de contar com a ajuda de vocês.

Bem, o nome do blog reflete bem a variedade de temas que serão tratados aqui e, por este motivo, gostaria de dar uma pausa no assunto Literatura para tratarmos de outro não menos importante: a Família. Esqueça essa onda moderna que tende a classificar qualquer coisa como família. Estamos falando do modelo de família Cristão que dá vida à nossa sociedade através da sua generosidade.

O texto a seguir foi traduzido por mim - apesar do amadorismo - e escrito por Sam Guzman para o site The Catholic Gentleman e pode ser encontrado originalmente aqui. Trata-se de uma reflexão acerca da paternidade - sim, é um assunto que diz respeito a todas as famílias, mas especialmente ao pai de família. Espero que apreciem a leitura e que possam contribuir com mais sugestões de assuntos a serem tratados, afinal, dedico meu tempo a estudar Todas as Coisas.



QUANTO MAIS, MELHOR: PATERNIDADE NUM MUNDO ANTI-FILHOS

“Você sabe o que causa isso?” “Nossa, vocês têm um bocado.” “Fecharam a fábrica, né?” “Vocês vão encher o planeta” “São todos seus?” “Você consegue bancar todos eles?”
Estas são apenas algumas das perguntas que você ouvirá de completos estranhos se você tiver mais filhos que a média nacional aprovada de 1.7. E isso não inclui aqueles olhares maldosos e risinhos na sua direção. Vocês já devem ter ouvido falar da postura corporal de homens que se sentam com as pernas abertas no transporte público ou gordofobia, considerados os últimos ultrajes na nossa cultura politicamente correta. Bem, hoje eu gostaria de adicionar um novo item a essa lista: filhofobia.
Perece espantoso que uma pessoa realmente queira ter mais de 2 filhos. Pressupõe-se que o terceiro certamente foi um acidente. Digo, é fato que filhos te deixam pobres, certo? Eles custam muito dinheiro, não custam? Além disso, eles são uma ameaça ao meio ambiente!! Basicamente, na mentalidade popular, filhos são o equivalente a uma doença sexualmente transmissível—e quem iria querer mais do que duas delas??

FILHOS SÃO O MÁXIMO
Esqueça o que a cultura diz. Filhos são o máximo. Não há nada que se compare a ter duas miniaturas de homens correndo até a porta gritando “Papai!” no momento em que eu entro em casa. Poucas coisas podem se comparar à felicidade de ter bracinhos em volta do meu pescoço, ou ouvi-los dizendo, “ Amo-te, papai”. Ou ver o seu garoto com o boné para trás imitando um jogador de beisebol. Ou lutando ferozmente com guerreiros de brinquedo.
É uma alegria poder ajudar aquele pequeno ser a descobrir o mundo—explorar, aprender, a maravilhar-se diante de quase tudo. É maravilhoso assisti-los exibindo um bigode de leite e dizer, “Eu tenho um bigode igual ao seu!”. Tem também as leituras antes de dormir, frases engraçadíssimas ditas com toda seriedade do mundo, construções de torres imensas com tijolos, vê-los juntar as mãozinhas em oração e ouvi-los dizer o quanto amam a Jesus e Maria. Acreditem, eu poderia dar muitos outros exemplos.
A paternidade é assustadora às vezes, sim, mas na maior parte do tempo, é maravilhosamente feliz. Há momentos em que me sinto cheio de gratidão por tudo isso.
É claro que há momentos de estresse, e frustração, e sacrifício também. Os lençóis molhados; a teimosia em comer comida, ainda que esteja perfeitamente boa; as fraldas cheias; as birras; as idas ao pronto socorro; despesas inesperadas; gripe e infecções de ouvido; gritos de guerra durante a consagração na Missa—você pode imaginar. E eu não tenho dúvidas de que na medida em que eles crescerem, as dificuldades só vão aumentar. Não há amor sem dor. É assim que as coisas funcionam num mundo caído. E como pais mais experientes se apressariam em me lembrar, eu estou apenas começando.

Flechas nas mãos de um guerreiro
Um dos Salmos que eu aprendi a amar é o 127. Ele dá grandes conselhos sobre como confiar a Deus os seus trabalhos e as bençãos que Ele te deu. Mas a minha parte favorita é o final, que diz que os filhos são um presente, não uma maldição:
“Sim, os filhos são a herança de Iahweh, é um salário o fruto do ventre! Como flechas nas mãos de um guerreiro são os filhos da juventude. Feliz o homem que encheu sua aljava com elas…”
Sacou? Aquele que tem muitos filhos é feliz. Nós acabamos de descobrir que o bebê número três está a caminho, e acredite, é verdade—eu não poderia estar mais feliz. Mal posso esperar para receber essa nova vida. Homens, filhos não são coisas pelas quais você deve se desculpar ou se envergonhar. Eles são presentes preciosos com os quais nos regozijamos. Eles são tão lindos e elegantes quanto flechas nas mãos de um hábil e poderoso guerreiro. Só é necessário apontá-los para o Céu.
Concluindo, não deixe que o mundo roube a alegria da paternidade. Ignore os haters*. Sim, você provavelmente teria uma casa maior ou um carro mais maneiro se não tivesse mais filhos. Mas quem se importa? Qual a vantagem de se ter uma casa vazia de risos e alegria? Além disso, um carro não retribuirá o amor que você deu a ele não importa o quanto seja legal dirigi-lo. Eu fico com uma casinha repleta de crianças e uma van enferrujada com várias cadeirinhas de bebês. Sério.
Homens, celebrem seus filhos. Tenham muitos deles. Amem, dediquem seu tempo e atenção a eles, rezem por eles, invistam —mas acima de tudo, valorizem seus filhos. Outras bênçãos passarão, mas os filhos são uma recompensa que durará para sempre.

*Haters - aqueles que são incapazes de se sentirem felizes pelo sucesso de alguém e por isso vivem de apontar seus defeitos.



3 comentários:

  1. Parabéns Aline...Texto muito lindo e inspirador.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Aline, ficou ótima a tradução. Vou convencer meu marido a ler. Se quiser mudar só algumas coisinhas, eu deixo como sugestão 1- depois de haters, explicar entre parenteses algum equivalente em português (talvez pessoa que odeia quem tem mais de dois filhos), 2- cheio de cadeiras de bebês e crianças. Está ótimo do jeito que está, também não sou profissional, mas como você disse que podiamos palpitar... Obrigada pela tradução! Depois quero conhecer melhor o blog.

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