sábado, 19 de dezembro de 2015

Um conto de Natal, de Charles Dickens: uma leitura obrigatória.




"Os clássicos não são um tratado sistemático de filosofia, mas nos ensinam, de modo mais acessível e artístico, relações muito importantes da alma humana, ajudam-nos a compreender melhor o que é o homem, o mecanismo real de sua psicologia, a estimar virtudes naturais, como a amizade, a honra, a coragem, assim como as consequências do pecado, etc. que são a base de todo o possível trabalho da graça em nós." (Sobre Macbeth, de Shakespeare, por Pe. Gustavo Camargo).



Na primeira postagem, fiz uma breve introdução dos motivos que me levaram à criação do blog. Vocês também devem se lembrar que fiz a promessa de postar algo sobre um conto que estava lendo e, como promessa é dívida, não poderia deixar de cumprir. Trata-se do livro Um conto de Natal, - umas das traduções para o Português - de Charles Dickens, que foi originalmente publicado em 19 de Dezembro de 1843. 

Dickens foi o mais popular romancista Inglês da era Vitoriana e ouso dizer que esse título é mais do que justo. O conto de que falo é mais uma prova disso e, para quem não se lembra do escritor, talvez os títulos David Copperfield e Oliver Twist sejam mais populares. 

Esse livro veio até mim por meio de um clube do leitura online do qual faço parte e esta é a minha segunda participação. O conto é dividido em cinco staves ou capítulos - embora o termo stave seja o equivalente à estrofe em um poema - e narra a história de Ebenezer Scrooge, um avarento que despreza o Natal. Ele tem seus negócios em Londres e conta com a ajuda de seu empregado, Bob Cratchit, pobre, pai de quatro filhos, dentre os eles, o pequeno Tim, que sofre de um problema nas pernas. Na véspera de Natal Scrooge recebe a visita de seu falecido empregado, Jacob Marley, morto há sete anos naquele mesmo dia. Ele diz a Scrooge que três espíritos o visitarão.

O primeiro, o Espírito dos Natais Passados, leva Scrooge a um lugar onde ele recorda sua adolescência e cujas lembranças mostram um tempo em que o Natal ainda era amado por ele. Ele se emociona ao relembrar alguns dos acontecimentos do início de sua vida e, após cobrir a cabeça do espírito - que emana luz - com um chapéu, e tendo o fantasma desaparecido, vê-se novamente em seu quarto.

O segundo espírito, o do Natal do Presente, mostra o Natal do tempo atual, como as humildes celebrações de Cratchit que, apesar de ser pobre, é feliz. Ele faz ainda uma premonição terrível sobre o pequeno Tim. Após mostrar essas visões, o espírito revela a imagem de duas crianças de faces horríveis, cujos nomes ele diz ser Ignorância e Miséria e roga que os homens tomem cuidado com elas.

Finalmente, o terceiro espírito, o dos Natais Futuros, mostra o futuro de Scrooge, sem amigos, e outras coisas terríveis que estão por vir, frutos de sua avareza e mal-humor. Scrooge se desespera e implora para que essas previsões possam ser alteradas.

Bem, é claro que, por se tratar de uma história de Natal, o final feliz não poderia deixar de existir, entretanto, gostaria de chamar a atenção para uma outra característica ainda mais importante: o tema. Um conto de Natal é, além de uma narrativa fantástica do ponto de vista literário, uma reflexão a respeito da generosidade, e aborda temas como transformação, arrependimento e redenção.

Se você ainda não começou a se preparar para o Natal, sugiro ardentemente que faça essa leitura e, claro, prepare seu coração para o nascimento do Homem que nos ensinou todas essas lições antes de qualquer escritor ou poeta: nosso Salvador e Redentor, Jesus Cristo. 

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Há muito que ensaio a criação de um blog voltado a assuntos diversos que se complementam. Um dos motivos pelos quais sempre adiei esse dia é que eu definitivamente sou muito covarde para me arriscar. Digo isso porque há sempre algum tipo de medo que me impede de avançar profissional, pessoal ou espiritualmente. Isso se chama orgulho e não é nada fácil aceitar que os erros fazem e sempre farão parte de minha vida.
Entretanto, dentre as razões que me levaram a criar esse blog, está o fato de que, colérica que sou, preciso de uma ferramenta que me ajude a lidar com o turbilhão de ideias e sentimentos com os quais lido diariamente. Para quem não entende o que estou a dizer, basta saber que nós, as pessoas de temperamento colérico - ao menos aquelas que não tiveram o direcionamento correto - somos muito impulsivos e, muitas vezes, improvisados, o que nos leva à inconstância nas ações.
Como forma de me educar tardiamente, criei, pois, o blog, para que eu possa expressar aquilo que vejo e que sinto, não como um diário online, mas antes como um espaço de reflexões. Não se assustem se, numa semana virem publicada a resenha de um livro e, na outra, encontrarem algumas considerações sobre educação - ouso dizer que haverá momentos em que os assuntos se complementarão e o leitor poderá ficar deveras confuso. O que eu realmente espero é que tudo isso seja um exercício de humildade e temperança, de modo que, se os amigos quiserem me corrigir, fazer sugestões ou criticar, sintam-se à vontade.
Eu não tenho experiência alguma com essa ferramenta que são os blogs, portanto, desde já agradeço as sugestões para melhorias e, como meta para a próxima postagem, prometo escrever algo sobre um conto que estou lendo, a fim de dar o primeiro passo rumo a todas coisas.